No ano de 1929, surge um movimento que transforma a historiografia mundial, tal qual a Revolução Industrial transformou o Ocidente. Trata-se da Escola dos Annales ou simplesmente a “Revolução Francesa da historiografia”. Seja qual for o nome que dermos, o fato é que ela é um movimento ímpar para minha formação como historiador. Com ela, eu aprendo que não posso ser um colecionador de fatos, alguém que simplesmente narra acontecimentos pretéritos, mas sim alguém que problematiza o passado, que oferece uma interpretação. Aprendo que a História não diz respeito somente ao passado, mas que Passado–Presente–Futuro se interpenetram no meu discurso. Aprendo que meu objeto de estudo não é algo rigidamente delimitado, mas algo maleável que reflete meus objetivos e interesses. Aprendo que a História não é feita somente de batalhas e tratados políticos, mas também de gente simples como eu. Aprendo que, por mais competente e sábio que eu seja, não conseguirei reviver o passado tal qual aconteceu. Aprendo ainda que minha atividade, para ser bem sucedida, depende muito do diálogo com outros professores. Aprendo com os Annales que sempre tenho algo mais para aprender. Tal é sua importância na minha vida.”
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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poxa reflete muita coisa do que eu penso sobre a história e os caminhos que predendo seguir, texto bacana.
ResponderExcluirabraços
realmente nós historiadores temos que seguir essa linha critica, questionadora e reflexiva da História.
ResponderExcluirParabéns pelo blog
abraços
Oi BENTO
ResponderExcluirGostei da Lição!
Obrigado
Abç
G.J.
gostei muito deste blog
ResponderExcluirparabens