quarta-feira, 9 de junho de 2010

Moda e arte em exposição fotográfica




O Espaço Cultural Yázigi recebeu ontem (terça-feira, 8 de junho), a abertura da exposição fotográfica do catálogo de moda da estilista Ana Badyally,e fica em cartaz até o dia 30 deste mês.
As imagens do ensaio Xique Xique no Sertão, foram captadas no alto sertão sergipano pelo fotógrafo Vinícius Fontes. A originalidade das peças e a beleza das fotografias impulsionaram a produção da mostra para deixar o público ver de perto as imagens em grande formato e algumas das peças da coleção inspirada nas bordadeiras ribeirinhas do São Francisco.
A cidade de Piranhas, em Alagoas, também foi cenário para o ensaio de moda e emprestou seus moradores e suas casas coloridas, dando um toque especial às imagens. O tema encerra uma fase na vida da estilista, que já se debruça em um novo trabalho.

Coleção

Produzidas a partir da desconstrução de tecidos, a manufatura das peças de Ana Badyally apóia-se na proposta de sustentabilidade. A criatividade é o que mais chama atenção nas roupas.
Com muita imaginação modelos básicos tornam-se sofisticados, acenando para uma recontextualização da moda urbana, com peças únicas de texturas e relevos diferenciados, surgidos da customização de acessórios como botões, zíperes e bijuterias. Uma balanceada miscelânea com o charme do artesanato sertanejo.

O espaço fica na Rua Vereador João Calazans, 494, bairro 13 de Julho, em Aracaju.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A origem da Festa Junina no Brasil e suas influências


Nankin e acrílica sobre papel Canson

Junho é para muitos brasileiros principalmente os nordestinos o mês mais esperado do ano, neste mês comemora-se o São João, Santo Antônio e São Pedro. Por isso, as festas que acontecem em todo o mês de junho são chamadas de "Festa Joanina", especialmente em homenagem a São João.

O nome joanina teve origem, nos países europeus católicos no século IV. Quando chegou ao Brasil foi modificado para junina. Trazida pelos portugueses, logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.

A influência brasileira na tradição da festa pode ser percebida na alimentação, quando foram introduzidos o aipim (mandioca), milho, jenipapo, o leite de coco e também nos costumes, como o forró, as batucadas, o boi-bumbá, a quadrilha e o tambor-de-crioula. Mas não foi somente a influência brasileira que permaneceu nas comemorações juninas. Os franceses, por exemplo, acrescentaram à quadrilha, passos e marcações inspirados na dança da nobreza européia. Já os fogos de artifício, que tanto embelezam a festa, foram trazidos pelos chineses, em Estância Sergipe a tradição dos fogos encanta os populares e turistas, que assistem a guerras de busca-pé, espadas e corridas de barcos de fogo.
Para os católicos, a fogueira, que é maior símbolo das comemorações juninas, tem suas raízes em um trato feito pelas primas Isabel e Maria. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel acendeu uma fogueira sobre o monte.
No Nordeste do país, existe uma tradição que manda que os festeiros visitem em grupos todas as casas onde sejam bem-vindos levando alegria. Os donos das casas, em contrapartida, mantêm uma mesa farta de bebidas e comidas típicas para servir os grupos. Os festeiros acreditam que o costume é uma maneira de integrar as pessoas da cidade. Essa tradição tem sido substituída por uma grande festa que reúne toda a comunidade em volta dos palcos onde prevalecem os estilos tradicionais e mecânicos do forró.