quinta-feira, 21 de maio de 2009

Tragédia com patrimônio histórico


Uma das jóias arquitetônicas da cidade de Estância, a Ponte D. Pedro II, conhecida como “ponte do Bonfim”, inaugurada em Janeiro de 1860, pelo Imperador D. Pedro II e sua comitiva durante visita à cidade, não resistiu à fúria das águas do Rio Piauitinga durante a enchente causada pela forte chuva no dia 10 deste mês. Com sua arquitetura clássica, por muitas vezes retratada nas telas de muitos artistas plástico, sem dúvida sempre foi um cartão de visita da cidade, ali resistiu impávida por muito tempo. Por ela passaram ilustres e anônimos que com certeza nos remete a um passado pleno de grandes acontecimentos.
Inicialmente utilizada por charretes, carroças além do público que a atravessava em suas calçadas estreitas. Ela faz a ligação entre a cidade de Estância e o Bairro Bonfim. Porém com o tempo por ela passavam carretas e caminhões onde transportavam toneladas além de ter sido perfurada para passagem de dutos, provavelmente na ocasião, os técnicos e engenheiros responsáveis pela obra, confiaram na estrutura sólida. Como a construção da Ponte é de pedra, a trincheira cavada certamente não tinha um só nivelamento, onde cremos que proporcionou o enfraquecimento dos arcos da ponte, na distribuição do peso que antes suportava. Esperamos que a ponte seja reconstruída, pois se trata de um monumento histórico de grande relevância para nossa cidade.

sábado, 9 de maio de 2009

Esta semana o Blog A Dita História traz uma série de postagens sobre o Islamismo, a 3° religião monoteísta do planeta e a que mais cresce no Mundo. Muitas polêmicas circundam o islã, principalmente após o ataque terrorista às Torres Gêmeas nos Estados Unidos em Setembro de 2001.

Jihad

O movimento islâmico Talibã, que foi deposto do governo afegão durante a guerra dos Estados Unidos, declarou uma jihad contra os norte-americanos. Na frase anterior, a palavra árabe jihad é traduzida como guerra santa, mas uma tradução mais rigorosa seria luta santa. Estudiosos islâmicos afirmam que o termo guerra santa foi cunhado na Europa na época das Cruzadas para referir-se à luta contra os muçulmanos e, do ponto de vista puramente semântico, jihad significa lutar ou esforçar-se.
No Alcorão e nos ensinamentos de Maomé, jihad significa esforçar-se pelo benefício da comunidade ou pela contenção dos pecados pessoais. Pode referir-se a esforços internos ou externos para ser um bom muçulmano. A jihad é uma obrigação religiosa e se for convocada para proteger a fé contra terceiros, pode-se usar meios legais, diplomáticos, econômicos ou políticos. Se a alternativa pacífica não for possível, o Islã permite o uso da força, mas há regras rígidas. Inocentes, como mulheres, crianças ou inválidos, não devem ser feridos e qualquer iniciativa de paz do inimigo deve ser aceita. A ação militar, assim, é apenas um dos modos de levar adiante a jihad, e é o modo mais raro de fazê-lo.
O conceito foi utilizado por grupos políticos e religiosos ao longo da história a fim de justificar várias formas de violência. Na maior parte dos casos, grupos islâmicos dissidentes invocam a jihad para lutar contra uma ordem islâmica estabelecida. O termo remete à violência e não é uma declaração de guerra contra outras religiões. Vale notar que o Alcorão refere-se especificamente a judeus e a cristãos como "pessoas do livro" que devem ser protegidas e respeitadas. Todas essas fés veneram o mesmo Deus. Alá é o nome árabe para Deus, e é usado tanto por árabes-cristãos quanto por muçulmanos.
A ação militar em nome do Islã não é algo comum na história dessa religião. Estudiosos dizem que a maior parte das decretações de uma jihad violenta não são sancionadas pelo Islã. O uso de meios militares em nome de Deus não é exclusividade do Islã, já que outras fés realizaram suas guerras ao longo da história sob justificativas religiosas.
Por causa de ataques extremistas, muitos missionários têm abandonado o trabalho nos países islâmicos. Os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos causaram uma polarização entre o ocidente e oriente.

O forte crescimento Muçulmano



Dos 6 bilhões de habitantes do planeta, cerca de 1,3 bilhão são muçulmanos. Desse total, 1 milhão está no Brasil, sendo que a maioria dos seguidores do Islã se encontra na Ásia e no Oriente Médio. E na maioria das vezes estão em paz, como prega a sua religião.
Onde se vêem conflitos envolvendo os muçulmanos eles podem ser explicados pelas diferenças internas, aliadas à miséria e à carência de educação, que contribuíram para o surgimento de grupos fundamentalistas religiosos. Movidos pelo fanatismo e interpretação ao pé da letra de textos sagrados, eles vêem Israel e o Ocidente como o "grande satã". Dentro desta minoria radical, uma outra minoria estaria disposta a matar e morrer, movida por teorias segundo as quais um "fiel suicida" garantiria um lugar de honra no paraíso.
A religião islâmica cresce rápido. Há 40 anos, 15% da população do mundo era seguidora de Alá. Atualmente, são quase 20%. Conforme estimativas, um em cada quatro habitantes do planeta será muçulmano por volta de 2020.

terça-feira, 5 de maio de 2009


Meca e a Peregrinação

Meca é a cidade natal do profeta Maomé. Para todos os muçulmanos do Mundo ela é a cidade mais sagrada do planeta. Segundo o Alcorão, escritura do Islamismo, o devoto deve cumprir os cinco pilares: o testemunho da fé (shahada); orar cinco vezes ao dia em direção à Meca ( salat ); jejuar no ramadã, um mês por ano; praticar a caridade; e peregrinar até a Meca, mesmo que através de procuração escrita, caso não tenha recursos. A peregrinação a Meca é chamada Hajj. Em Meca existe uma grande mesquita que abriga em seu interior a Caaba ( Cubo ). A Caaba é coberta por um manto negro que contém várias inscrições bordadas em ouro. Dentro da Caaba está a rocha sagrada que segundo a tradição caiu do céu e foi ofertada a Abraão. A rocha que era branca então ficou negra ao absorver os pecados do homem. O devoto muçulmano deve dar 7 voltas ao redor da Caaba e depois beijar a pedra sagrada. Os peregrinos também atiram pedras, 49 no total, em três pilares que representam o demônio. Todos os peregrinos vestem o mesmo traje simples, composto de dois pedaços de tecido branco sem costura, um amarrado na cintura e outro colocado sobre o ombro. Essa tradição representa a igualdade dos fiéis aos olhos de Alá.

O Profeta Maomé

Segundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão.
Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus. Estes versos seriam mais tarde recolhidos e integrados no Alcorão. Gabriel comunicou-lhe que Deus tinha-o escolhido como último profeta enviado à humanidade.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova religião, o islão.