segunda-feira, 26 de abril de 2010
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Levou tempo, mais chegou. Após quase dois meses da estréia no estrangeiro, enfim, os brasileiros podem conferir nos cinemas o tão aguardado "Alice no País das Maravilhas".
Dirigido por Tim Burton e contando com Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway e Mia Wasikowska no elenco, o filme chega forte ao circuito. São cerca de 400 salas de exibição, entre elas 126 com a versão em 3D.
O argumento do filme é bastante interessante: aos 19 anos Alice (Mia Wasikowska) volta ao País das Maravilhas fugindo de um casamento arranjado. No mundo mágico ela reencontra os personagens estranhos como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp) a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter) inspirados na famosa obra de Lewis Carroll. O filme pode ser conferido em 3D.
Tanto no Brasil quanto no exterior, as críticas foram polarizadas. Para alguns, o filme é uma viagem épica pelas idéias e metáforas de Carroll, enquanto para outros, o filme foi uma grande decepção, uma história para lá de lisérgica. E você o que acha? Corra para o cinema e publique a sua opinão aqui no Historiarte!
sexta-feira, 16 de abril de 2010
História da sustentabilidade
Oficialmente o conceito de desenvolvimento sustentável foi usado pela primeira vez na Assembléia Geral das Nações Unidas em 1979. Foi assumido pelos governos e pelos organismos multilaterais a partir de 1987 quando, depois de quase mil dias de reuniões de especialistas convocados pela ONU sob a coordenação da primeira ministra da Noruega, Gro Brundland, se publicou o documento Nosso Futuro Comum. Nele aparece a definição que já se tornou clássica: "sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas próprias necessidades". Na realidade, o conceito possui uma pré-história de quase três séculos. Surgiu da percepção da escassez. As potências coloniais e industriais européias desflorestaram vastamente seus territórios para alimentar com lenha a incipiente produção industrial e a construção dos navios com os quais transportavam suas mercadorias e submetiam militarmente grande parte dos povos da Terra. Então surgiu a pergunta: como administrar a escassez? Carl von Carlowitz respondeu em 1713 com um tratado que vinha com o título latino de Sylvicultura Oeconomica. Neste tratado, ele usou a expressão “nachhaltendes wirtschaften”, que significa: administração sustentável. Os ingleses traduziram por sustainable yield que quer dizer “produção sustentável”. De imediato surgiu também a pergunta, válida até os dias de hoje: como produzir de maneira sustentável? Apresentavam-se para o autor quatro estratégias. A primeira era política: cabe ao poder público e não às empresas e nem aos consumidores regular a produção e o consumo e, assim, garantir a sustentabilidade em função do bem comum. A segunda era a estratégia colonial: para resolver a carência de sustentabilidade nacional era necessário buscar os recursos faltantes fora, conquistando e colonizando outros países e povos. A terceira era a liberal: o mercado aberto e o livre comércio vão regular a demanda e o consumo, de onde virá a sustentabilidade que será mais bem assegurada se for apoiada por unidades de produção nos países onde há abundância dos recursos necessários para a produção. A quarta era a solução da técnica: para superar a escassez e garantir a sustentabilidade se buscará a inovação tecnológica ou a substituição dos recurso escassos: em vez de madeira, carvão e mais tarde, em vez de carvão, petróleo. Hoje com a distância temporal podemos dizer: se houvesse triunfado a estratégia política em razão do bem comum, a história econômica e social do Ocidente e do mundo teria seguido o caminho da sustentabilidade. Haveria seguramente mais eqüidade (os custos e os benefícios estariam mais igualmente distribuídos), se viveria melhor com menos e haveria mais preservação dos ecossistemas e cuidado com o meio ambiente. Porém, não foi este o caminho escolhido. Foi o do colonialismo, o do imperialismo, o do globalismo econômico-financeiro e o da economia política de mercado que gerou a grande transformação (Polanyi) com a mercantilização de tudo e o submetimento da política e da ética à economia. A crise ecológica atual deriva deste caminho que, mantido, poderá ameaçar o futuro da vida humana. Estamos a tempo de revisar e de buscar alternativas paradigmáticas.
__________________
Leonardo Boff Doutor em Teologia pela Universidade de Munique .
segunda-feira, 12 de abril de 2010
A televisão na era digital e o futuro da programação.
No ar há mais de 80 anos, a TV revolucionou os meios de comunicação, influenciou comportamentos por décadas e é, ainda hoje, o veículo com maior penetração no mundo. em plena era digital, como despertar o interesse do espectador, conquistar a audiência e se propagar, ainda mais, socialmente? Para o roteirista e documentarista Newton Cannito (9mm, Cidade dos homens e Poder Paralelo), como tudo é conversível e multiplataforma, é preciso elaborar conteúdos que atuem em várias mídias. “Fazer televisão hoje é pensar como ela pode catalisar a internet, o rádio, a venda de livros etc. O Big Brother, aliás, faz isso muito bem. Por isso, é um típico produto da cultura digital”. Porém, contesta que o espectador do futuro será totalmente interativo.
domingo, 11 de abril de 2010
Turnê do Café Pequeno na Europa
O Terceto de música instrumental Café Pequeno com o disco recém lançado, intitulado "Na Cozinha de Badyally" está com viagem marcada para a Europa, o Terceto irá desembarcar em Paris onde farão três apresentações a primeira será no dia 08/05,na Cité Universitaire depois seguirão a turnê apresentando-se em Amsterdã, Barcelona e Senegal.
O Maestro Pedrinho Mendonça além de apresentar-se com o Café Pequeno, irá promover um Workshop de percussão numa Universidade de Paris.
Aliás o Maestro Pedrinho Mendonça e o músico Júlio Rêgo irão contribuir com vídeos e informações no decorrer da turnê para o Historiarte.
Informações e músicas do Café Pequeno clique aqui
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Cada Época com os seus Códigos...no século XVIII era assim...
Havia uma linguagem secreta, toda feita de sinais. Os acessórios indispensáveis eram o chapéu, o lenço e a espada. Para saudar a sua apaixonada, o rapaz beijava a aba do chapéu, o que fazia a menina corar como se tivesse recebido o beijo! Se punha a espada a meia altura, ela percebia "gosto de ti". Quando levava o lenço à boca, queria dizer "és bela". E se o dobrava, era sinal de que no dia seguinte voltaria para a ver.
Quanto à dama, servia-se do leque para comunicar os seus sentimentos. Havia tantas maneiras de o abrir, fechar ou abanar quantas as letras do alfabeto. Assim ia compondo palavras que o namorado, do outro lado da sala ou da igreja, decifrava com uma paciência infinita e ansiosa.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Enchente em Paris
O dia que Paris afundou.
Água por todos os lados, esgotos transbordando, túneis submersos, pânico, pessoas perdidas nas ruas, polícia ajudando, bombeiros salvando, barcos de resgate… Não, não estamos falando de São Paulo ontem, ou do Rio da semana passada, ou de Belo Horizonte, mas de Paris. Isso mesmo, há 100 anos, Paris conheceu uma das maiores inundações de sua história. O Rio Sena, o belo Sena, invadiu a cidade atingindo 20 metros acima do seu nível normal. Em 28 de janeiro de 1910 Paris parou, e literalmente afundou.
Depois de uma chuva intensa durante quase todo o mês, a capital francesa foi saturada pelo Sena e simplesmente imergiu como não se via desde o ano de 1650. Segundo dados da época, a força das águas subterrâneas destruiu mais de 20 mil edifícios deixando mais de 200 mil parisienses sem teto.
A eletricidade (nova na época) desapareceu, os túneis do metrô (novos para a época) foram inundados e a cidade ficou em ruínas, mesmo depois de semanas do dilúvio de 28 de janeiro. Tudo começou em 20 de janeiro, quando a navegação no rio foi interrompida. No sábado, 22, o metrô foi inundado e dois dias depois o nível das águas chega a mais de 7 metros. Na noite de 24, usinas químicas em Ivry explodem em contato com as águas, e em 25 de janeiro todas as bombas de água do rio estão completamente paralisadas. Só em 2 de fevereiro a praça Palais Bourbon conseguiu emergir. A inundação durou 45 dias e os prejuízos superaram 400 milhões de francos (algo perto de 1,5 bilhão de dólares em moeda recente).
Por ocasião do centésimo aniversário do dilúvio, o escritor e professor Jeffrey H. Jackson capturou, pela primeira vez, o drama dos acontecimentos daquele 28 de janeiro. Recém-lançada, a obra “Paris Under Water: How The City Of Light Survived The Great Flood Of 1910” narra uma das mais brutais lutas de uma cidade contra a natureza das chuvas. Cem anos depois, Paris aprendeu e nunca mais passou por algo perto do que ocorreu. E nós, aprendemos com nossos dilúvios diários?
Água por todos os lados, esgotos transbordando, túneis submersos, pânico, pessoas perdidas nas ruas, polícia ajudando, bombeiros salvando, barcos de resgate… Não, não estamos falando de São Paulo ontem, ou do Rio da semana passada, ou de Belo Horizonte, mas de Paris. Isso mesmo, há 100 anos, Paris conheceu uma das maiores inundações de sua história. O Rio Sena, o belo Sena, invadiu a cidade atingindo 20 metros acima do seu nível normal. Em 28 de janeiro de 1910 Paris parou, e literalmente afundou.
Depois de uma chuva intensa durante quase todo o mês, a capital francesa foi saturada pelo Sena e simplesmente imergiu como não se via desde o ano de 1650. Segundo dados da época, a força das águas subterrâneas destruiu mais de 20 mil edifícios deixando mais de 200 mil parisienses sem teto.
A eletricidade (nova na época) desapareceu, os túneis do metrô (novos para a época) foram inundados e a cidade ficou em ruínas, mesmo depois de semanas do dilúvio de 28 de janeiro. Tudo começou em 20 de janeiro, quando a navegação no rio foi interrompida. No sábado, 22, o metrô foi inundado e dois dias depois o nível das águas chega a mais de 7 metros. Na noite de 24, usinas químicas em Ivry explodem em contato com as águas, e em 25 de janeiro todas as bombas de água do rio estão completamente paralisadas. Só em 2 de fevereiro a praça Palais Bourbon conseguiu emergir. A inundação durou 45 dias e os prejuízos superaram 400 milhões de francos (algo perto de 1,5 bilhão de dólares em moeda recente).
Por ocasião do centésimo aniversário do dilúvio, o escritor e professor Jeffrey H. Jackson capturou, pela primeira vez, o drama dos acontecimentos daquele 28 de janeiro. Recém-lançada, a obra “Paris Under Water: How The City Of Light Survived The Great Flood Of 1910” narra uma das mais brutais lutas de uma cidade contra a natureza das chuvas. Cem anos depois, Paris aprendeu e nunca mais passou por algo perto do que ocorreu. E nós, aprendemos com nossos dilúvios diários?
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Retratos com tecnologia antiga
O artista plástico britânico Nick Gentry descobriu um novo uso para antigos objetos para armazenamento de dados, como disquetes, fitas de vídeo e fitas cassetes.
Em suas telas, Gentry usa esses objetos para construir faces imaginárias e identidades que podem ter ligação com informações pessoais armazenadas nos disquetes.
"Como criança que cresceu nos anos 80 e 90, esta combinação (de artefatos para o armazenamento de dados) desempenhou um grande papel no que eu aprendi sobre o mundo", diz Gentry.
"Filmes favoritos, álbuns, jogos e até gravações pessoais - todos eram armazenados neles. O mundo inteiro dependia totalmente destes formatos físicos de mídia."
"Agora, de repente, nós passamos por um momento em que eles são obsoletos, foram substituídos por inúmeros arquivos intangíveis de dados."
Ele disse que foi por acaso que descobriu que a peça de metal circular no verso dos disquetes funcionava bem como metáfora para o olho humano.
"Isto foi muito importante para mim, pois os olhos de uma pessoa podem revelar a identidade dela e seus sentimentos", afirmou.
Gentry disse esperar que seu trabalho possa "encorajar as pessoas a pensar de maneira mais criativa sobre os objetos que são considerados obsoletos ou inúteis".
Ele já participou de mostras em galerias britânicas e nos Estados Unidos.
Fonte: BBC Brasil
Assinar:
Postagens (Atom)